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Futebol: Saiba como são feitas as camisas de Juve, Metrô e Brusque

© Henrique Porto (Agência Avante!)

© Henrique Porto (Agência Avante!)

Você já teve a curiosidade de saber como é produzida a camisa de seu time do coração? Você sabia que se trata de um trabalho em grande parte manual, quase artesanal? Foi isso que nós descobrimos ao visitar a Kaiapós Sports, empresa de Jaraguá do Sul que fornece material esportivo para três equipes que disputarão a partir do dia 26 o Campeonato Catarinense da Série A: Juventus, Metropolitano e Brusque.

Há doze anos no mercado de uniformes profissionais, a Kaiapós Sports entrou no segmento de confecção esportiva a pouco mais de um ano. Além de responder por 30% dos uniformes da elite catarinense, a empresa marca presença na elite gaúcha, com o Passo Fundo; na Série C catarinense, com o Jaraguá e o Juventus de Seara; e na Divisão Principal do futsal de Santa Catarina, com o Canoinhas. Também atende diversas equipes amadoras de Jaraguá do Sul e região.

© Henrique Porto (Agência Avante!)

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Em se falando de uniformes, para inicio de conversa o setor de criação da empresa entra em consenso com o clube sobre o design do fardamento e o layout dos espaços publicitários. Talvez este seja o ponto mais demorado de todo o processo produtivo, uma vez que envolve a produção de amostras para aprovação. Existem clubes que são mais exigentes quanto ao uso de sua marca, enquanto outros são flexíveis e confiam plenamente no trabalho dos profissionais da empresa.

© Henrique Porto (Agência Avante!)

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Aprovado o design, começa a impressão dos ‘transfers’ em papel especial, que serão transferidos para o tecido posteriormente. Graças a esta tecnologia, é possível produzir camisas em todos os tamanhos (das infantis até as especiais), reduzindo ou aumentando em escala o arquivo original. Para a impressão dos ‘transfers’ é necessária uma impressora e uma tinta especial. A impressão de cada camisa dura cerca de um minuto. Este tempo pode ser reduzido, mas isso implica em uma queda de qualidade no material final.

Simultâneo à impressão, o setor de corte trabalha na talhação do tecido (que é terceirizada pela empresa, assim como o bordado e a estamparia). No caso da Kaiapós Sports, o tecido utilizado nas camisas é o True Life, produzido pela empresa Diklatex, de Joinville (também fornecedora de marcas renomadas como Adidas, Nike, Umbro, Reebok, entre outras). O tecido é confeccionado em tecnologia que simula a ação da melanina, protegendo a pele contra os raios UV.

© Henrique Porto (Agência Avante!)

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A próxima etapa do processo produtivo é a estampa. Ela ocorre colocando o ‘transfer’ sobre um pedaço de tecido branco, devidamente esticado para não ter nenhum vinco, em um processo completamente manual e de muita precisão. Na sequência, uma prensa térmica é acionada, onde o tecido e o ‘transfer’ ficam exatamente 22 segundos recebendo uma temperatura de 200 graus Celsius.

Feita a transferência da estampa, chega a hora de costurar os uniformes, outro processo manual e de precisão. A Kaiapós Sports conta com uma equipe de sete costureiras, que trabalham em máquinas ‘interlock’. A forma de costura utilizada foi escolhida pela empresa por ser dupla, fato que garante ao produto uma maior durabilidade.

© Henrique Porto (Agência Avante!)

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Uma vez costurada, a peça passa por uma completa revisão antes de seguir para os acabamentos. O primeiro acabamento é a aplicação do ‘patch’, normalmente o escudo do clube, que é produzido em micro-bordado com aplicação térmica. A aplicação acontece em uma prensa especial, onde o ‘patch’ fica por apenas sete segundos recebendo uma temperatura de 175 graus Celsius. Por fim, a peça recebe as ‘tags’ e é embalada para comercialização.

© Henrique Porto (Agência Avante!)

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A primeira equipe apoiada pela Kaiapós Sports foi o Juventus, que neste ano comercializou 1.100 camisas. Um dos últimos clubes a assinar com a empresa o Metropolitano, vendeu aproximadamente 400 camisas no espaço de um mês. O número pode ser inexpressivo comparado a grandes fabricantes, mas é motivo de orgulho para sócios da empresa, Rudiney Mocelin e Marcio Hafemann, que garantem ter capacidade instalada para atender mais duas ou três equipes profissionais.


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