© Henrique Porto (Agência Avante!)
O ser humano é movido por sonhos. Porém, enquanto alguns permanecem sonhando, outros correm atrás para transformar seus desejos em realidade. Este é o caso do piloto de motovelocidade Edson Luiz, único catarinense a disputar o Moto GP 1000, o Campeonato Brasileiro de Motovelocidade e a maior competição do país sobre duas rodas.
As dificuldades para isso não são poucas. Por exemplo, Santa Catarina não possui um autódromo sequer com pista de asfalto, o que obriga o piloto nascido em Taió e radicado em Jaraguá do Sul a se deslocar até Curitiba (PR) para treinar.
Assim como em outras modalidades, os patrocínios são escassos e muitas vezes Edson precisa adiantar recursos próprios para competir, na esperança de que os apoiadores apareçam durante a temporada.
Porém, o desejo de acelerar uma BMW de 1.000 cilindradas a mais de 250 km/h o faz superar tudo isso. “Minha história com o motociclismo começou cedo. Quando criança, no bicicross. Depois passei a andar em motos de trilha. Sempre gostei muito do esporte sobre duas rodas”, relembra.
Advogado, Edson iniciou sua carreira nas pistas em 2011. Após perder amigos em acidentes de trânsito, chegou à conclusão de que as ruas não eram seguras para motos de altas cilindradas. Decidiu canalizar suas energias para as pistas, onde poderia praticar seu hobby com segurança.
“O motociclismo me trouxe muitos amigos, espalhados pelo Brasil inteiro. Mas, assim como me trouxe muitas alegrias, me trouxe tristezas. Tive a infelicidade de perder amigos em acidentes e isso fez com que eu repensasse”, relatou.
Após fazer um ‘track day’ em Santa Cruz (RS), participou de uma corrida para novatos. Ficou em segundo lugar, numa emocionante chegada roda a roda. Foi então que acabou tomando gosto por competir.
Inicialmente criou a sua equipe, a Mamute Racing, mas a dificuldade em focar especificamente nas provas o fez repensar a atuação. Para esta temporada, o piloto tem convites de três equipes. De momento, está mais inclinado a aceitar a proposta da HPN Racing. Enquanto a competição não começa, Edson se dedica aos treinos em academia, buscando fortalecimento muscular e perda peso.
Quanto a patrocínios, o piloto afirma ter duas empresas engatadas para a temporada, que inicia no dia 4 de maio. “Este é um assunto interessante. A marca que resolver ‘colar’ seu patrocínio com a motovelocidade vai estar junto com outros patrocinadores, de alto renome, muitos internacionais. Os patrocinadores também terão a possibilidade de conhecer os bastidores dos autódromos e trabalhar ações junto com seus clientes”, informou.
Por fim, o piloto convida os jaraguaenses a torcerem por ele nesta temporada. “Toda torcida é bem vinda e eu prometo neste ano fazer de tudo para representar muito bem o nosso Estado e a nossa cidade, com a qual me identifiquei muito e que me acolheu muito bem”, concluiu.
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Sobre o Moto GP 1000
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Na quarta temporada de sua história, o Moto 1000 GP levará as disputas do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade para seis cidades. A primeira etapa, das oito etapas previstas no calendário, terá suas corridas no dia 4 de maio, em Santa Cruz do Sul (RS), no Autódromo Internacional Oswaldinho de Oliveira. A oitava – e última – tem suas provas agendadas para 7 de dezembro, em Goiânia (GO), no Autódromo Internacional Ayrton Senna. As provas têm transmissão pelo canal pago Bandsports. Além de pilotos brasileiros, franceses, portugueses, argentinos e italianos participam das disputas.
