Confiança transformada em frustração. Assim pode ser definido o 2015 do Sport Club Jaraguá, que novamente bateu na trave e não conseguiu o inédito acesso a Série B do Campeonato Catarinense. Mesmo com uma pré-temporada realizada em pouco mais de dois meses, o Leão do Vale oscilou durante a competição e ficou no caminho pelo quinto ano consecutivo. Somando o turno e returno, a equipe comandada pelo técnico Biro terminou o Estadual na terceira colocação geral com uma somatória de 24 pontos em 13 jogos, sendo sete vitórias, três empates e três derrotas.
Sem o tão sonhado título, o clube começa a pensar na próxima temporada e nas estratégias para atingir o objetivo de chegar a segunda divisão do futebol catarinense. Em entrevista ao Avante Esportes, o presidente Valdemir da Silva destacou as prioridades da diretoria para 2016, além de avaliar o desempenho do time durante a Série C. Confira:
Avante: Qual nota você dá ao 2015 do Jaraguá?
Da Silva: Esse ano foi o quinto como clube profissional e ficamos em terceiro lugar na competição. A montagem que fizemos do elenco e o tempo que tivemos de treinamentos, cerca de 70 dias antes do início do campeonato, não correspondeu o esperado que era o título. Nesses cinco anos esse foi o segundo pior desempenho. Então a nota que a gente dá para o time é 5,5.
– Qual sentimento da diretoria em não alcançar novamente o objetivo?
Sabemos que no futebol você ganha, empata ou perde. O que nós temos que fazer é continuar o projeto de forma organizada e com pés no chão. Temos problemas também na infraestrutura e hoje para nós jogar uma segunda divisão nosso estádio precisar ter arquibancada e algumas melhorias, mas esperamos que em 2016 a gente consiga a tão sonhada vaga na segunda divisão.
– Visando 2016, qual o foco da diretoria na montagem do elenco?
Estamos reavaliando nosso projeto e tudo é um aprendizado. Vamos voltar a fazer o que nós fazíamos desde o início que é valorizar o jogador da região e da nossa casa. No último jogo do campeonato vencemos o Santa Catarina, fora de casa, com sete jogadores formados no clube e isso mostra o potencial dos meninos. Vamos virar o ano montando o elenco baseado em nossos atletas crias da base e esperamos revelar um grande talento.
– Com relação a comissão técnica, o Biro será mantido como treinador?
A diretoria está se reunindo, conversando e o nosso primeiro foco é olhar nossas escolinhas. O profissional nós deixamos um pouco de lado nesse momento, até porque não tem jogos e a Série C inicia na metade do ano que vem. Voltamos com o projeto Jaraguá do Futuro e tem mais três escolinhas sendo abertas no Nordeste com o nome do Sport Club Jaraguá e mais uma em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Queremos realizar em junho uma Copa Jaraguá, no qual reúne somente escolinhas com o nome do clube. Então nesse primeiro momento estamos olhando para esse projeto, e na virada do ano a diretoria vai se reunir novamente para pensar na comissão técnica do profissional.
– Como se desenvolve esse projeto no Nordeste e Rio Grande do Sul?
Os clubes grandes tem franquias e as vendem para muitos lugares. Nós como clube pequeno de terceira divisão do Estado não temos condições de fazer isso, mas temos muitos conhecidos. Elaboramos um contrato com o nosso departamento jurídico, onde conhecidos nossos que querem desenvolver o projeto com a marca do Jaraguá, entramos em contato e estamos conseguindo abrir várias escolinhas. A nossa meta até o final de 2016 é ter dez escolinhas fora de Santa Catarina, com a nossa marca. Com isso, vamos ter mais atletas na nossa base e automaticamente no nosso profissional ao longo dos anos.
