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Corupá

Lutas: Corupaense é convidado para lutar muay thai na Tailândia

Texto: Ana Paula Gonçalves

Com apenas 16 anos, o corupaense Guilherme Jansen da Silva já está colhendo os frutos da sua dedicação às artes marciais. Ele recebeu uma carta-convite para lutar muay thai num dos dois maiores estádios da Tailândia, o Lumpinee, em Bangkok. O local é conhecido mundialmente e frequentado por turistas de todos os cantos do planeta.

A dedicação e técnica do atleta chamaram a atenção do treinador tailandês kru Tang, que ministrou seminário em Corupá em maio deste ano. Na oportunidade, ele fez o convite a Guilherme verbalmente e, já no mês seguinte enviou a carta.

“Ele esteve aqui na academia e, pelo jeito, acho que gostou muito de mim. Ele sempre estava me puxando para fazer, me ensinando muita coisa. Aí depois falou que eu estava apto a fazer a luta no Lumpinee. Ele é um dos treinadores mais conhecidos da Tailândia”, enfatiza o atleta.

Treinando desde os 13 anos, esta será a primeira vez que Guilherme lutará fora do Brasil. A viagem deverá ocorrer logo nos primeiros dias de janeiro de 2019. O jovem terá a companhia do pai e treinador, Luciano Gracindo da Silva, 44 anos. Por mais de 20 dias, o corupaense fará treinamento junto aos atletas tailandeses de sua categoria. Depois, participará da luta profissional, pela qual receberá US$ 1,5 mil.

Treino diário e cuidados com a alimentação fazem parte da rotina de Guilherme | Foto: Eduardo Montecino/OCP News

Treino diário e cuidados com a alimentação fazem parte da rotina de Guilherme | Foto: Eduardo Montecino/OCP News

No entanto, pai e filho precisam de patrocínio para a viagem, já que somente em passagens o valor gasto será de R$ 10 mil. “Lá, eu quero ganhar bastante conhecimento, treinar muito, conhecer um lugar novo, quero ganhar e trazer essa vitória para Santa Catarina, para o Brasil e para minha cidade”, destaca.

PAIXÃO PELAS ARTES MARCIAIS

Desde pequeno, Guilherme costumava assistir aos filmes de luta e conta que o interesse só aumentou com o passar do tempo. Como o pai já fazia muay thai, o jovem também passou a treinar. Em três anos, foi aprimorando a técnica e buscando mais conhecimento na modalidade.

“Fui melhorando o muay thai, porque meu sonho é ser um lutador de MMA. Comecei a fazer jiu-jitsu também. Mas, daí tive que optar e mudei totalmente para o muay thai e kickboxing”, revela.

Seus ídolos no esporte são os lutadores tailandeses Saenchai e Buakaw e seus maiores incentivadores são os pais e os amigos. Para o pai, Luciano, que também começou a lutar aos 13 anos, é a oportunidade de realizar o próprio sonho, através do filho. “Não tive a oportunidade que ele vai ter e estou realizando o meu sonho através dele. Eu tive esse sonho de lutar, mas os meus pais na época não permitiram. Eu cheguei um dia machucado de uma luta em casa e quase apanhei”, recorda.

Pai e treinador do atleta, Luciano diz estar realizando o próprio sonho através do filho | Foto: Eduardo Montecino/ OCP News

Pai e treinador do atleta, Luciano diz estar realizando o próprio sonho através do filho | Foto: Eduardo Montecino/ OCP News

Em casa, ele diz que houve certa apreensão porque Fabíola, a mãe de Guilherme, também ficou aflita em razão da escolha do filho. “Toda a mãe fica com o coração na mão. Eu que o acompanho já não fico, porque treinando ele eu sei que ele está melhorando na técnica, na qualidade, na força. A categoria dele é 50 quilos e ele é muito forte para essa categoria”, diz Luciano.

TREINO DIÁRIO E FOCO NO FUTURO

Sobre representar sua cidade na Tailândia pela primeira vez, Guilherme afirma estar consciente deste grande passo para sua carreira de lutador. Atual campeão catarinense de muay thai, ele vem treinando diariamente e acorda todos os dias por volta das 6h para correr, já que estuda à tarde.

Para se preparar, também mantém uma alimentação balanceada e diz estar muito focado no que quer para o futuro. Como qualquer atleta que busca alto rendimento, o jovem vive dias intensos de muito treino. O atleta garante que o muay thai mudou tudo na sua vida. “Se comparar o antes e o depois eu sou outra pessoa. Fiquei mais dedicado e tudo mudou, o corpo, a saúde”, conclui.

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