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Vôlei de Praia: Atleta de Guaramirim se despede do Brasil para treinar na Europa

A busca por uma evolução pessoal e profissional, além do aprendizado com uma nova cultura levaram uma jovem atleta de Guaramirim a tomar um novo rumo na carreira dentro do vôlei de praia. Considerada uma das grandes promessas do esporte em Santa Catarina – patrocinada pela Rede OCP News, Franciane Richter já se prepara para dar um ‘até logo’ ao Brasil para tentar uma caminhada de sucesso na Europa.

Acompanhada do namorado Alexandre Monteiro, jogador profissional de vôlei de quadra, a atleta de apenas 20 anos embarca no próximo dia 2 de setembro para Ilha Terceira, em Portugal, onde almeja deixar o status de promessa para se tornar uma realidade dentro de um ano, período estipulado para sua volta ao país natal.

Franciane Richter Volei de Praia 2

E a experiência promete ser marcante para a guaramirense, já que além de conhecer um novo estilo de jogo em um polo importante no mundo, ela irá conciliar a areia com a quadra, piso em que iniciou sua carreira.

“Reviver esse momento com o vôlei de quadra será muito especial. Chegar lá (Portugal), disputar os circuitos e ver como é diferente daqui vai me ajudar muito na carreira. Não é sempre que o Brasil ganha e vários atletas de países europeus despontam. Quero aprender a tática deles e chegar aqui (Brasil) tendo novos recursos para vencer as adversárias”, disse.

No início, Fran como é chamada por amigos e familiares, treinará na quadra com a equipe Bastardo, enquanto na areia, as atividades serão individuais até encontrar uma dupla para disputa de competições. “Não será difícil achar uma parceira, pois existem muitas jogadoras por lá. E não pretendo apenas participar dos campeonatos. Quero estar em uma boa equipe e formar uma boa dupla para ser campeã. Esse sempre foi meu objetivo como atleta”, declarou.

EVOLUÇÃO

Quando iniciou no vôlei de quadra, aos 7 anos de idade, em uma escola de Guaramirim, Franciane jamais imaginava o rumo que sua carreira tomaria. Depois de se destacar pela base de Jaraguá do Sul, Joaçaba e Blumenau, a guaramirense teve sua primeira participação na areia, em 2013, quando foi convidada por um professor de Balneário Camboriú para suprir a ausência de uma atleta lesionada em um campeonato estadual.

Mesmo sem nunca ter jogado a modalidade anteriormente, ela sagrou-se vice-campeã do torneio, um feito que a fez mudar de piso repentinamente. Em pouco tempo, entrou para equipe da cidade e se mudou para Itapema. Isso em um período de três anos. A evolução foi tanta, que em 2016, acabou sendo eleita pela Federação Catarinense de Voleibol (FCV) como atleta destaque da temporada na categoria Sub-21, com apenas 18 anos na época.

Franciane Richter Volei de Praia

A conquista chamou a atenção e logo depois ela foi convidada para fazer parte da equipe de vôlei de praia de Maringá (PR), um dos principais polos do país, que possui centro de treinamento e treinadores de seleção brasileira. Em pouco menos de dois anos, Fran se tornou campeã paranaense, dos Jogos Abertos, chegou a um terceiro lugar no Brasileiro Sub-21 e enfrentou duplas renomadas do Brasil, como Ágatha e Duda.

“Vivi momentos inesquecíveis nestes quase dois anos. A Ágatha e Duda sempre foram ícones para mim e realizei um sonho jogar contra elas. Estava indo muito bem na temporada, mas pintou essa oportunidade e não poderia deixar escapar. Vai ser uma nova experiência e vou voltar melhor por aprender técnicas diferentes”, destacou.

SONHOS

Não dá para negar que o sonho de qualquer atleta no vôlei é representar o seu país em uma Olimpíadas. Para Franciane, não é diferente. Porém, ela mantém os pés no chão. Mesmo sem esquecer sua grande ambição na carreira, ela busca cumprir outros objetivos. “Quero estar entre as líderes do ranking nacional quando voltar e sonho em um dia ter uma equipe própria, com médico, fisioterapeuta, nutricionista, que sabemos que é muito importante para um atleta”, ressaltou.

Franciane Richter Volei de Praia 3

Ela ainda conta que vê a Olimpíadas a longo prazo para a carreira. “Tem algumas atletas que conseguem chegar bem novas, como a Duda. Mas ela começou a jogar vôlei de praia, com 3 anos. Ela foi campeã mundial com 18 e vai para próxima Olimpíadas, mas é uma exceção. Eu comecei tarde e não me incomodo se a Olimpíadas chegar tarde também”, completou.

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