Texto: Gustavo Luzzani/OCP News
Em 2018, o corupaense Guilherme Jansen da Silva, de apenas 17 anos, recebeu uma carta-convite para lutar muay thai em um dos maiores estádios da Tailândia, o Lumpinee, em Bangkok. O convite partiu de um dos maiores treinadores tailandês, Kru Tang, que ministrou seminário em Corupá, em maio.
No entanto, em seis meses ele não conseguiu angariar recursos suficientes para custear a viagem para o país asiático e a luta, que seria disputada em janeiro deste ano, precisou ser adiada.
Segundo o pai e treinador do lutador, Luciano Gracindo da Silva, 44 anos, até agora eles conseguiram juntar R$ 3,8 mil, com ajuda de duas empresas. “Eu recebi 5 mil de um negócio meu no final de 2018 e vou colocar junto para comprar as passagens”, relata Luciano. Somente o valor das passagens gira em torno de R$ 10 mil e a estadia deles, com almoço e jantar, fica em torno de 1,5 mil dólares.
Arrecadações para lutas
Para conseguir angariar mais recursos, a família está vendendo uma rifa que inicialmente seria para dezembro, mas, como não arrecadou muito, decidiu prorrogar para março. Luciano também está programando um bingo para fevereiro. Caso alguém queira ajudar comprando a rifa ou participando do bingo é só falar com o Luciano, pelo celular/WhatsApp (47) 99711-0238.
Conquistas
Em novembro de 2018, Guilherme foi até Canoas, no Rio Grande do Sul, para lutar contra Pedro Henrique, grande revelação gaúcha. O garoto que estava nocauteando praticamente todos os adversários não foi capaz de suportar os golpes do corupaense, que dominou a luta.
Também no ano passado, o lutador foi campeão estadual de muay thai, vencendo duas das três etapas pela Federação Educacional Santa Catarina de Artes Marciais (Fescam) e Confederação de Muay Thai do Brasil (CMTB).
Guilherme conta que esse ano ele começou a fazer preparação física na academia e a intensificar seus treinos. O adolescente não está treinando apenas aos domingos. “A preparação está forte. Estou ansioso para ir lá, representar Corupá e fazer bonito”, relata.
Luciano enfatiza que como pai ele sabe que está bem puxado, mas afirma que a cobrança é a mesma todos os dias, como se não fosse seu filho. “Sem privilégios”, destaca.
Assim que Guilherme viajar para a Tailândia, os agenciadores das lutas vão monitorar seus treinos para encontrar um adversário de força e peso similar para que a luta seja equilibrada, já que no país asiático o que não falta é lutador.
