O futebol está submetido às constantes variações climáticas. O calor excessivo, as chuvas, vento e frio intenso são situações corriqueiras que os atletas vivem no mundo da bola. Até a neve se faz presente em algumas partidas, principalmente na Europa.
Mas o que poucos sabem é que no Brasil, a bola também já rolou sob o efeito climático muito raro no país. E é justamente essas histórias que motivaram o arqueólogo esportivo Henrique Sudatti Porto a escrever o livro ‘Pé-frio, a história dos jogos sob neve no Brasil’.
Autor de ‘A primeira vez do Moleque’, lançado em 2016, que reconta como foram os 26 jogos do Juventus em seu primeiro Campeonato Catarinense, o jaraguaense iniciou um profundo trabalho de pesquisa no mesmo ano e resgatou informações ricas de oito jogos realizados com neve no Brasil.
“Já conhecia essa história de jogos na neve no Brasil há muitos anos e sempre despertou a curiosidade de saber mais. Foi uma pesquisa bem extensa de quatro anos e agora está tudo condensado na forma de texto para tentar publicar”, conta.
Em meio a pesquisa, Porto se deparou com fatos pra lá de históricos. Técnico pentacampeão com a seleção brasileira, Felipão, por exemplo, jogou dois jogos sob a neve quando estava no Caxias (RS), assim como o lendário Paulo Cézar Caju, em sua passagem pelo Grêmio na década de 70.
Teve o caso também de Aita, ex-atacante do Grêmio Bagé (RS), que foi chamado de última hora para jogar e deixou sua lua de mel com a esposa, precisando ainda encarar a adversidade climática, além do ex-goleiro do Criciúma, Jurandir, que colocou uma meia calça e jornais entre o corpo para conseguir jogar.
Essas e muitas outras histórias que foram se perdendo no tempo serão contadas pelo escritor em sua segunda obra, que tem previsão de lançamento para o mês de julho.
“A ideia é mostrar a dificuldade que os atletas tiveram para superar essas adversidades, porque uma coisa é jogar no verão, que é calor, tudo bem, mas você toma água e vai se hidratando. Outra é jogar no frio extremo, em uma época que não tinha equipamentos e tecnologias como nos dias de hoje”, comenta.
Busca por recursos
Com todas as informações levantadas e o texto já escrito, Henrique Porto agora busca recursos para viabilizar os custos com serviços editoriais e impressão do livro.
Para isso, foi feito uma campanha pelo site www.catarse.me/pefrio, onde pessoas físicas e empresas podem contribuir a partir de R$ 50, garantindo a pré-venda e outros benefícios.
Outras informações podem ser obtidas diretamente com o autor da obra pelo número (47) 99991-0818 (WhatsApp).
“Qualquer pesquisa que fizer na internet aparece, no máximo, quatro jogos sob a neve. Mas nas minhas pesquisas deparei com outros quatro jogos que não são citados. Me remeti a jornais e bibliotecas, pois as informações estavam se perdendo. Então precisei realmente entrar fundo na pesquisa”, finaliza Porto.