O cancelamento das Olimpíadas em 2020, confirmado na semana passada por conta da pandemia do coronavírus, foi um baque para muitos atletas que vem de uma preparação intensa nos últimos anos.
Em seu melhor momento na carreira e muito perto de conquistar uma vaga para os Jogos de Tóquio, Simone Ponte Ferraz viveu isso na pele.
Forte candidata a ser a primeira representante de Jaraguá do Sul a disputar o maior evento poliesportivo mundial, a corredora falou pela primeira vez após a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) e admitiu uma certa frustração.
Afinal, são quatro anos de treinos intensos, provas desafiadoras e altos investimentos no projeto, que precisou ser interrompido muito perto do seu desfecho.
Mesmo assim, considera a decisão correta para preservar a saúde dos atletas e demais envolvidos no evento, que passou para os dias 23 de julho a 8 de agosto de 2021.
“Tive um momento de frustração, raiva e querer jogar tudo para o alto. Para o atleta, é frustrante colocar toda energia em um projeto e quando ele está prestes a ser concretizado, tudo muda. Mas nesse momento temos que pensar no próximo, foi o que eu fiz e estou fazendo respeitando o isolamento. Foi uma decisão sábia e humanitária, porque precisamos preservar a saúde em primeiro lugar”, destaca.
Foto: Divulgação
Após um longo período de treinos na Colômbia, Simone retornou ao Brasil no dia 18 de março e vem cumprindo a quarentena em Jaraguá do Sul.
E mesmo sem conseguir manter o nível de treinos a qual estava habituada, a jaraguaense vê a pausa no calendário como mais um obstáculo na caminhada em busca do seu grande sonho.
“Tudo isso vai me deixar mais forte. É um sonho que não foi cancelado, só foi adiado. Vou continuar lutando dentro das minhas possibilidade e capacidades para atingir esse sonho e representar o Brasil nas Olimpíadas”, afirma.
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