Não faltaram críticas a Federação Catarinense pela suspensão do jogo entre Jaraguá Futsal e Lages, que marcaria abertura do Campeonato Estadual na noite de quarta-feira (12).
As duas equipes estavam prontas para jogar e faziam a última preparação no vestiário do ginásio Jones Minosso, quando foram informados do adiamento do confronto por conta de um decreto do Governo de Santa Catarina.
A Federação não avisou os clubes, alegando que houve um “erro de interpretação” e que tomou conhecimento da nova portaria da Secretaria de Estado da Saúde, que proíbe os eventos esportivos, apenas no dia do jogo.
O documento determina que as partidas possam ser realizadas somente após a publicação de regulamentação elaborada pelo COES (Centro de Operações de Emergência em Saúde).
O último decreto do governo estadual, publicado no dia 7 de agosto, fazia referência a esta regulamentação do COES, mas não especificava quais regras a serem seguidas.
Com isso, tanto o duelo entre Jaraguá e Lages, como toda competição estadual, está temporariamente suspensa.
A interrupção inesperada gerou revolta na equipe jaraguaense e o presidente Marcio Haffemann se posicionou após o ocorrido.
Confira as palavras do presidente do Jaraguá Futsal
“É uma falta de respeito com o futsal, com o time de Jaraguá que se deslocou até Lages, com cinco horas de viagem, custo de transporte e alimentação. Esperamos ser ressarcidos por isso, é o mínimo. É uma falta de respeito com o time da casa, que também se preparou para o jogo.
Esperamos que saia algo concreto nos próximos dias e que a gente possa competir. É uma falta de respeito total com a nossa comissão técnica, atletas e direção, que largaram as famílias para fazer seu trabalho. Futsal não é lazer.
É uma falta de respeito com nossos 16 patrocinadores, que mesmo com a pandemia, estão fazendo o possível para continuar no projeto.
É uma falta de respeito com o nosso torcedor, que estava na esperança e acreditando que poderia ver um jogo do Jaraguá Futsal depois de cinco meses.
É triste uma modalidade tão vitoriosa como o futsal brasileiro e uma equipe tão vitoriosa como o Jaraguá Futsal passar por uma situação dessa. Eu como gestor nunca passei por isso e fico triste por todos, porque estamos nos preparando há meses.
Todos estavam contentes ao sair de Jaraguá do Sul por poder voltar a competir, a trabalhar, mas, enfim, infelizmente não aconteceu por erros de alguém, Federação ou Governo. E nós pagamos o pato”
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