
Entre os apaixonados por futebol, sempre há alguns que elevam a paixão por uma equipe e fazem loucuras para estar sempre presente.
E quando esses aficionados transformam o amor vindo das arquibancadas para ajudar o clube a galgar cada vez mais espaço de destaque, as histórias se tornam ainda mais especiais. É o caso da família Marcelino e sua forte ligação com o Juventus.
Em 1993, Elírio, então com 17 anos, resolveu acompanhar o clube da cidade e logo se encantou pelas cores grená.
A frequência nos jogos passou a fazer parte de sua rotina. Quando não tinha dinheiro para comprar ingresso, a saída era pular um muro do estádio João Marcatto, que tinha apenas uma arquibancada na época.
O desejo de apoiar o Moleque Travesso era tanto que ele passou a perpetuar o fanatismo entre familiares. Entre eles, estava o sobrinho Paulo Ricardo, que esteve na casa juventina pela primeira vez aos 6 anos de idade.

Foto: Lucas Pavin/Avante! Esportes
E assim como o tio, o jovem logo acabou herdando o apreço pelo clube, demonstrando seu esforço para acompanhar o time em campo.
Aos 10 anos, por exemplo, Paulo ajudava Elírio a roçar a grama do João Marcatto para que o tio ligasse na rádio e conseguisse entrada para as partidas.
Vários anos se foram e as dificuldades financeiras do passado serviram de motivação para a dupla caminhar em busca do sucesso profissional e realizar o sonho de ajudar o Juventus, mas não somente como torcedor.
E deu certo. Das arquibancadas do antigo João Marcatto, Paulo Ricardo Marcelino cresceu, entrou na diretoria como auxiliar de patrimônio, virou diretor de marketing, e, hoje, aos 27 anos, se tornou o presidente mais jovem de um clube do Brasil ao assumir o cargo no ano passado.
“Ligava para conseguir ingresso e hoje estou aqui tentando dar meu melhor ao clube. Futebol mexe muito com emoção e amor. Muitas pessoas passam a semana inteira tristes, desanimadas, mas vem num jogo, o time ganha e volta para casa feliz. Não é só futebol, muitas vezes é uma terapia. E eu passo isso com o Juventus há muito tempo. Fico muito feliz de ter essa avaliação por tudo que passei e hoje ser presidente”, disse Paulo.
Já Elírio, de 44 anos, segue como torcedor assíduo e não teve o mesmo caminho de dirigente. Porém, vem apoiando o clube como patrocinador por meio de sua própria empresa.
“O mundo dá voltas e a volta é sempre bem grande. É muito gratificante poder patrocinar o clube. Tive propostas de Avaí, JEC, mas invisto no Juventus por ser um torcedor. E ver o Paulo como presidente é um orgulho muito grande, porque fiz parte dessa história”, destacou Elírio.
Paulo e Elírio tomaram rumos diferentes, mas sempre mantiveram uma coisa em comum: o Juventus, clube que tocou na infância e continua mexendo com seus corações até hoje.

Foto: Lucas Pavin/Avante! Esportes
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