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Atletismo

Olimpíadas: Jaraguaense Simone Ferraz entra para a história ao ser convocada para Tóquio

Corredora de Jaraguá do Sul vai disputar o 3.000m com obstáculos | Foto: Wagner Carmo/CBAt

Quando criança, Simone Ponte Ferraz assistia aos Jogos Olímpicos pela televisão. Mas naquela época, ela mal imaginava que anos depois as funções fossem invertidas.

A menina, que hoje defende o atletismo de Jaraguá do Sul, cresceu e, nas pistas, alcançou o ápice de qualquer atleta: representar o seu país em uma Olimpíadas.

Após anos de dedicação e resultados expressivos, a corredora da APA/Secel consolidou sua evolução e garantiu uma vaga em Tóquio para representar o atletismo brasileiro.

A tão sonhada convocação saiu no início da tarde desta quinta-feira, 1° de julho, com Simone figurando na equipe do 3.000m com obstáculos.

Foto: Divulgação

E o chamado da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) chega para coroar uma caminhada longa, árdua e que trouxe mudanças.

O projeto foi iniciado em 2017, com foco exclusivo na Maratona, em que acumulava grandes marcas e chegou a ser medalhista sul-americana.

No entanto, veio a pandemia, que não só adiou o evento de 2020 para 2021, como impossibilitou atletas de saírem do Brasil para treinos e competições, além de cancelar todas as provas da categoria.

Sem tempo hábil de atingir o índice, o jeito então foi mudar o planejamento e buscar uma classificação no 3.000m com obstáculos. A troca poderia dificultar o objetivo final. Mas não para a jaraguaense.

Na prova, que também é sua especialidade, acumulou conquistas imponentes em toda sua carreira. Só nesta temporada, por exemplo, medalhou no Sul-Americano e Troféu Brasil, os dois principais eventos do continente.

Os resultados a levaram ao Top 40 do ranking olímpico e a manteve sempre entre as fortes candidatas pelas vagas.

E não deu outra. A CBAt confirmou a expectativa e tornou Simone Ponte Ferraz a primeira atleta, natural ou radicada em Jaraguá do Sul, a chegar em uma Olimpíadas.

“A emoção que estou sentindo é indescritível. Olho para trás e vejo todas as dificuldades que tive como pessoa. A luta foi grande e sempre usei o esporte como ferramenta para melhorar como cidadã. Quando cumpri a missão de estudar, foi quando entendi que o esporte ia além disso. Sempre continuei e segui em frente pelo amor ao esporte. A ficha ainda não caiu pela convocação. Nos próximos dias, quando viajar, estiver no Japão, vou poder mensurar a grandiosidade dessa conquista. É muito difícil chegar lá. Me dediquei até o último minuto e é um momento mágico, indescritível”, destacou Simone.

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