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Futebol

Negociações, saúde financeira e expectativa: Juventus intensifica planejamento para 2022

Foto: Lucas Pavin/Avante! Esportes

O vice-campeonato da Copa SC fechou uma temporada especial para o Juventus, que voltou a ter calendário cheio e a figurar em uma final de competição após longo período.

Com a sensação de dever cumprido, a diretoria agora foca todas as atenções no planejamento para 2022, em que o clube terá novamente as disputas do Campeonato Catarinense, Série D do Brasileiro e Copa SC.

O primeiro passo é a montagem do elenco. Com o início da pré-temporada prevista para a segunda semana de dezembro, a intenção é contar com boa parte dos jogadores até lá.

Do atual grupo, nomes como Maikon Leite, Marcos Paulo, Bruno Dip, João Arthur e Hudson Jr. já tem contrato firmado para o ano que vem.

O restante segue em negociação, sendo alguns para renovação e outros para dispensa, que ainda serão definidos nos próximos dias e semanas.

“O Rafa (gerente de futebol) e o Cleber (diretor de futebol) estão mapeando o que pensamos em manter (de jogadores) e ver se é de interesse deles. Caso contrário, vamos buscar. O cenário brasileiro é satisfatório em questão de atletas, mas gostaríamos muito de manter uma base inicial”, disse o presidente de futebol, Hudson Moura.

O dirigente também falou sobre a situação do técnico Tuca Guimarães. Segundo ele, o desejo é manter o treinador e destacou que a renovação está bem encaminhada.

“Estamos em conversação para renovação. Hoje, (o Tuca) é meu treinador e não penso em nenhum outro. Nosso relacionamento é muito bom, é um cara que trabalha, que chegou aqui e vestiu a camisa do clube. Não temos conversação com nenhuma outra comissão técnica, meu desejo é manter essa. Para mim, (o trabalho) foi satisfatório. Vou para São Paulo conversar com ele, mas a renovação está bem encaminhada”, afirmou.

Em entrevista ao OCP e Avante!, Hudson ainda fez uma avaliação da Copa SC e da temporada 2021, além da saúde financeira do clube, volta do sócio-torcedor e expectativa para 2022. Confira:

Avaliação da Copa SC

“Quando o time encaixou começamos a dar resultado até chegar a classificação e à final com total possibilidade de ter trazido esse título, mas todo mundo viu como foi. Meio complicado você estar trabalhando numa instituição que está crescendo e jogar contra um time de camisa como o Figueirense é difícil, ainda mais se prospectando que a Recopa (Catarinense) será um clássico muito valioso para o cenário catarinense. É coisa do futebol que sabemos e já esperamos. Para cidade foi muito satisfatório, porque Jaraguá precisava viver um momento desse. Infelizmente não conseguimos o caneco, mas o pessoal entendeu que estamos aqui para dar o nosso melhor”

Avalição geral da temporada 2021

“Num modo geral foi muito bom, assim como 2020. Vivemos um momento atípico e muito difícil, principalmente financeiro. O suporte não dá nem 15% do que temos de gasto e o Juventus brigou nos grandes cenários. Então a avaliação é muito positiva e o crescimento do clube nos surpreendeu. Muitas vezes fomos criticados, mas sabemos o que estamos fazendo no futebol. Vamos errar e acertar, mas creio que os acertos foram maiores do que os erros”

Saúde financeira

“Com os jogadores está tudo em dia. É muito ruim na parceria gestão e clube. A proposta que tínhamos ao vir para cá seria uma receptividade melhor do setor privado e público diante das necessidades financeiras. A pandemia atrapalhou e não sabemos até que ponto se esconderam atrás disso ou não nos valorizaram. O clube não deve nada, mas se for falar em receita própria e ser autossustentável está muito longe. Tem um débito muito grande conosco, que diante do cenário o investimento acabou sendo mais flexível. Ficamos chateados que marcas daqui (Jaraguá do Sul) patrocinam outras cidades, Estados. Cada um tem o direito de trabalhar onde e com quem quiser, mas o Juventus é de interesse em ter uma parceria. Nosso trabalho está trazendo resultado em termos de exposição da marca e mídia, além de representar bem o parceiro”

Folha desejada

“É muito relativo. Quando se fala em folha você fala na liquidez. Mas, por exemplo, se tenho hoje R$ 160 mil, coloca mais um terço, porque o jogador é CLT e temos compromissos trabalhistas a cumprir. Então esse R$ 160 mil vai para R$ 200 mil e pouco. Juntando todas as outras despesas, gastamos mais de R$ 350 mil por mês. É heroico o que fizemos com R$ 160 mil. Melhorar a folha é muito bem-vindo, mas não quer dizer que teremos sucesso. É difícil contratar no nível que precisamos e perfil que se encaixe no nosso método de trabalho”

Expectativa para 2022

“A situação financeira nos preocupa, mas não intimida. Vou ter meu torcedor de volta e contamos muito com ele. Peço ao poder público e privado que olhe para o Juventus. Temos profissionais capacitados à frente do clube e precisamos muito desse apoio. Estou me mexendo para trazer novos parceiros e o Juventus não entra mais em competição para cumprir calendário. Vamos querer brigar. Estava de saco cheio das semifinais, agora fomos para final e na próxima não vamos deixar escapar. O Juventus vai estar batendo na porta para trazer um título para cidade”

Volta do sócio-torcedor

“Sempre nos preocupamos e tivemos responsabilidade do que iríamos externar aos torcedores. Não tínhamos garantia em dar sequência ao sócio-torcedor, de valores a serem pagos, do que o torcedor iria ter de retorno e do que usufruir. Tenho uma proposta de uma empresa para uma parceria em cima do sócio-torcedor que estou analisando. Vamos retomar isso, como tentar fazer cadeiras cativas. Queremos dar conforto e a garantia de um espetáculo melhor ao torcedor.

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