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Guaramirim

Guaramirense deixa time da Superliga de Vôlei para jogar na Indonésia

Foto: Divulgação/Maringá

Campeã paranaense, da Superliga C e B, e há duas temporadas disputando a divisão de elite do voleibol brasileiro. Franciane Richter fez história com o Maringá (PR), mas o ciclo foi interrompido para um novo desafio na carreira da guaramirense.

A jogadora de 25 anos aceitou proposta do Popsivo Polwan, da Indonésia, e já está no país asiático para defender o novo time na 1ª Divisão do campeonato local.

Segundo Fran, como é carinhosamente chamada, a negociação foi rápida, com o contrato sendo fechado em apenas dois dias. Após a finalização dos trâmites, ela logo embarcou para Indonésia para se juntar a equipe na pré-temporada.

“O que me fez aceitar o desafio foi a busca por novas oportunidades, experiências e a proposta que foi muito boa também. O time já foi campeão em 2018 quando tinha uma brasileira no elenco e terminou em terceiro lugar na última temporada. Então apostam muito em mim para ser campeão de novo”, disse.

A guaramirense chegou na reta final de preparação para a competição nacional, que inicia no dia 5 de janeiro de 2023 e vai até março, quando encerra seu contrato.

Foto: Divulgação/Maringá

Essa é a segunda experiência da ponteira de 1,84cm fora do Brasil. Uma adaptação totalmente distinta do que viveu em Portugal no ano de 2018, quando ainda jogava vôlei de praia.

 “A vivência está sendo muito diferente de Portugal e vim sozinha. Os costumes, a comida são diferentes e estou tentando me adaptar. Mas todos me trataram muito bem e estão sempre disponíveis a me ajudar”, contou.

O idioma também vem trazendo algumas dificuldades. A língua original do país é o indonês, mas a comissão técnica e as companheiras de time se comunicam em inglês com a guaramirense para facilitar o entrosamento.

“Eu já fiz aulas de inglês, mas nunca tinha vivenciado isso diariamente e estou tendo que dar a cara a tapa pra falar com eles. São super queridos e é engraçado porque as vezes querem aprender um pouco do português e me ensinar a língua deles. Vamos ver se consigo aprender um pouco até o fim da temporada”, declarou.

História no voleibol

Franciane Richter iniciou no vôlei de quadra, com apenas 7 anos de idade, em uma escola de Guaramirim.

Depois de se destacar pela base de Jaraguá do Sul, Joaçaba e Blumenau, a guaramirense migrou para o vôlei de praia em 2013, quando foi convidada por um professor de Balneário Camboriú para suprir a ausência de uma atleta lesionada em um campeonato estadual.

Mesmo sem nunca ter jogado a modalidade anteriormente, ela sagrou-se vice-campeã do torneio, um feito que a fez mudar de modalidade. Em pouco tempo, entrou para equipe da cidade e se mudou para Itapema.

A evolução foi tanta, que em 2016, acabou sendo eleita pela Federação Catarinense de Voleibol (FCV) como atleta destaque da temporada na categoria Sub-21, com apenas 18 anos na época.

A conquista chamou a atenção e logo depois ela foi convidada para fazer parte da equipe de vôlei de praia de Maringá (PR), um dos principais polos do país. Por lá, se tornou campeã paranaense, dos Jogos Abertos e chegou a um terceiro lugar no Brasileiro Sub-21.

Em 2018, foi para Portugal para tentar um caminho de sucesso na Europa, mas decidiu voltar ao Brasil no ano seguinte e trocar a areia pela quadra novamente. De lá pra cá, vestiu a camisa de Valinhos e Maringá na Superliga, antes de encarar esse novo desafio na Indonésia.

“Venho de uma sequência há um bom tempo. No Maringá, fui campeã do Paranaense, Superliga C e B, nos mantivemos na Superliga A e estávamos brigando pelos playoffs nesta temporada. O time vem melhorando cada vez mais e é um lugar que vou levar para sempre no meu coração, mas resolvi sair para expandir mais meu lado profissional. Continuo torcendo por todos”, destacou.

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