© Marcio Custódio (Município Dia a Dia)
Esqueça o ‘glamour’ de jogar no Orlando Scarpelli, no Heriberto Hulse ou na Arena Joinville. Em 2015, o torcedor do Juventus terá que se contentar com lugares mais modestos, como o Ditão (em Canoinhas), o Antiocho Pereira (em União da Vitória) ou o até mesmo o Ninho da Águia (em Imbituba).
Após 19 jogos – 4 vitórias (21%), 3 empates (16%) e 12 derrotas (64%) – o Moleque Travesso encerrou sua 18ª participação no Campeonato Catarinense da Série A. Justo no ano onde alcançou sua maioridade entre os grandes do futebol estadual.
A sorte juventina foi selada na tarde de sábado (12), com a derrota por 3 a 2 para o Brusque, fora de casa, e o triunfo do Atlético-IB sobre o Marcílio Dias (1 a 0). Os gols da despedida do tricolor foram marcados por Jabá (19’/1T) e Moscatelli (21’/2T).
No total, a equipe disputou 57 pontos sob o comando de Milton do Ó e Celso Teixeira, dos quais conquistou apenas 15 (26,3%). Marcou 20 gols (1,05) e sofreu 42 (2,21), perfazendo a segunda pior campanha da equipe na elite do futebol de Santa Catarina.
A pior campanha continua sendo a de 2010, quando o Juventus disputou 18 jogos (54 pontos), dos quais venceu 2 (11%), empatou 2 (11%) e perdeu 14 (78%), somando 8 míseros pontos (14,8%). Marcou 20 gols (1,1 por partida) e sofreu 47 (2,6).
Ao tentar explicar a fraca campanha, o presidente interino Jefferson de Oliveira escolheu dois culpados: a torcida e a imprensa. Sobre a torcida, Oliveira questionou a baixa audiência nos jogos. “Hoje disponibilizamos um ônibus e não conseguimos encher”, lamentou. Sobre a imprensa, o dirigente foi mais enfático. “Ela nos prejudicou o campeonato inteiro, falando mal e falando inverdades”, disparou a uma rádio local.
“Infelizmente (sic) nós nunca deixamos um atleta sem comida, nunca deixamos eles sem salários e nunca deixamos eles com falta de alguma coisa para que pudessem entrar em campo”, concluiu o interino, de forma confusa, talvez transtornado pelo rebaixamento da equipe.
[Conteúdo originalmente produzido para o cliente O Correio do Povo]
