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Basquete: Jaraguá analisa sua primeira participação na Liga Nacional

© Henrique Porto (Agência Avante!)

© Henrique Porto (Agência Avante!)

O objetivo era se classificar para a fase de mata-mata, o que não ocorreu. Mas nem por isso a primeira participação do basquete feminino de Jaraguá do Sul em uma Liga Nacional pode ser considerada um fracasso. Pelo contrário. Foram vários os aspectos positivos apresentados no decorrer da competição e o principal deles foi fomentar no torcedor jaraguaense a paixão pela equipe, uma vez que a modalidade é bastante difundida na cidade.

“Levamos daqui as histórias dos jogos, mas muito também desse carinho da torcida. É muito gostoso e eu saio daqui todo jogo muito feliz”, reconheceu a ala Leila Zabani, uma das atletas que criou maior empatia com os torcedores. Torcedores estes que, após a vitória sobre o Brasília, na despedida da equipe da LBF, presentearam cada atleta da equipe com uma cesta contendo produtos de Páscoa.

Com relação à equipe, a falta de uma pré-temporada impactou diretamente no desempenho em quadra. Tanto que as três vitórias vieram no returno, quando o grupo apresentou um crescimento de produção, especialmente nos últimos jogos. “Não tivemos o tempo necessário para estar 100% preparados. De início conseguimos fazer bons jogos, mas faltava a consistência e a tranquilidade que a equipe apresentou nas últimas partidas”, analisou o técnico Julio Patricio.

“Talvez tenha a ver com a falta de pressão, mas a maturidade que essas meninas adquiriram durante a competição foi importante”, acrescentou o treinador, lembrando que a maior parte do elenco foi formado por atletas que recém saíram da categoria ‘Juvenil’ para a ‘Adulto’.

“Mostramos que, apesar de ser um time novo, tínhamos muita vontade. Às vezes pecávamos e cometíamos alguns erros por imaturidade, mas não faltou vontade e garra. Por isso que a torcida sempre veio e jogou junto com a gente”, acrescentou Leila. “Não conseguimos fazer o que a gente queria durante a competição, que era se classificar. Mas conseguimos nos reerguer no final e acabar a Liga Nacional bem, com vitórias”, lembrou a ala Izabella Sangalli.

Mesmo não se classificando para a continuidade da disputa, as atletas acreditam que acertaram ao escolher defender a equipe, uma novata na competição. “Tenho a certeza que cresci muito aqui e aprendi bastante com o Julio. Estou muito feliz de ter tido essa experiência em Jaraguá do Sul e espero que a cidade continue com esse projeto, que é bem bacana”, disse Izabella.

E é exatamente a continuidade o maior desafio do time a partir de hoje, quando as atletas ganham um período de descanso e a Associação Jaraguaense de Pais e Amigos do Basquete passa a se reunir para traçar os planos visando o restante da temporada, quando as disputas do Campeonato Catarinense, dos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC) e da Liga de Desenvolvimento Sub-21 serão as prioridades.

“A continuidade do projeto não depende só de nós, mas de uma série de fatores, como o patrocínio. Mas eu acho que a cidade merece continuar com o time e vamos correr atrás”, reconheceu Patricio. “Seria importante a gente manter uma espinha dorsal da equipe, porque se precisarmos começar o trabalho do zero novamente, vai ser muito difícil participar da Liga Nacional em alto nível. Precisamos começar a Liga como terminamos, jogando bem”, acrescentou.

Já para as atletas, a expectativa é permanecer jogando na cidade. “Para mim, como atleta, foi uma ótima opção. Fiz a escolha certa em vir para cá, onde pude jogar e evoluir, ganhando tempo de quadra”, ponderou Leila. “Se tiver a oportunidade de voltar e montarmos o time com mais calma para a Liga Nacional, acredito podemos chegar mais longe”, concluiu.

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