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Futebol: Técnico Jorginho entende vaias da torcida do Juventus: “Achei justa”

Quase 2 mil torcedores deixaram o estádio João Marcatto na tarde deste domingo (1º de março), decepcionados com o empate do Juventus em 0 a 0 com o Concórdia, pela sétima e antepenúltima rodada da Série A do Campeonato Catarinense.

O quarto jogo consecutivo sem vitória na competição não afastou a equipe jaraguaense da luta contra o rebaixamento e adiou o sonho da classificação ao mata-mata.

Ao final da partida, a frustração foi acompanhada por vaias da torcida, que cobraram melhor desempenho do elenco.

Na entrevista coletiva, o técnico Jorginho mostrou compreensão e disse entender as cobranças.

“Achei justa (as vaias) até porque não ganhamos. O torcedor tem razão. Talvez muitas delas é porque o atleta se acha no direito de fazer algumas coisas que não está presente dentro de suas obrigações e acaba pisando na bola. O torcedor fica magoado e pode interpretar que alguma coisa que você tenha feito fora de campo complicou o time que vinha tão bem na competição, jogando com times muito bons. O torcedor pode ver desse lado e não tiro a razão dele. Ao contrário. Acho que depois do jogo, o torcedor fez o correto, mas enquanto a partida rolava estavam apoiando na medida do possível. É uma pressão que o atleta tem que entender que vai sofrer e crescer com isso para dar a volta por cima, porque a vida é assim”, disse o comandante.

O resultado manteve o Moleque Travesso na sétima colocação, agora com oito pontos, três à frente do próprio Concórdia, que deixou a ‘zona do perigo’ pela primeira vez.

Em caso de empate ou vitória do Tubarão, que tem os mesmo cinco pontos, sobre o Avaí nesta segunda-feira (2), o time do Oeste volta para a vice-lanterna.

O próximo compromisso do Tricolor será no dia 8 de março (domingo), contra o Avaí, na Ressacada, em Florianópolis.

Veja outras respostas de Jorginho:

Avaliação do jogo

“Foi um jogo nervoso de ambas as equipes, até porque as duas precisavam do resultado positivo. Quando começa a afunilar a competição você fica ansioso e nós em três jogos demos uma chance grande para tudo dar errado. Logo no começo erramos e tomamos uma bola na trave, ficando mais nervoso ainda. Aos poucos, fomos nos acertando, igualamos o jogo e tivemos algumas oportunidades. Demos os contra-ataques para eles, que tem três bons jogadores que puxam essas jogadas (Moisés, Jean Carlos e Warley) e deram muito trabalho para nós. Se não fosse tanto nervosismo teríamos jogado melhor. Mesmo assim, tivemos condições de finalizar e ganhar como todos os outros jogos. Nesse, a felicidade foi de não ter perdido”.

Falta de pontaria

“Acho que é o problema de todo futebol brasileiro. O jogador brasileiro é muito ansioso, nervoso e não sei porque. Muitas vezes, fazem o mais difícil. Por mais que tente orientar, se tem essa dificuldade. Acho que o Brasil vai levar um pouco de tempo para corrigir isso, porque vem de gerações. O importante é que ainda estamos criando muitas jogadas. O que temos que fazer realmente é ter um pouco mais de calma e tranquilidade para fazer o gol”.

Dois últimos jogos na primeira fase

“Para não precisar de ninguém, a tônica é ganhar um dos dois jogos para ficar tranquilo. Mas se for analisar as próximas rodadas, todo mundo tem jogos difíceis. Temos que entender o seguinte. O atleta quando entra para jogar futebol tem que entender que todo jogo é importante e precisa encarar como o último da vida dele, porque o jogo que passou não volta mais. Temos que manter o mesmo espirito que tivemos hoje (domingo), um pouco mais tranquilo. De repente jogando fora teremos isso para ter uma condição melhor de finalizar, construir mais e conseguir a vitória. Não acontecendo isso vamos ter que decidir em casa, contra um time bom (Marcílio Dias), que já fizemos um jogo-treino”.

Fabinho como “falso 9”

“Chegamos muito fácil no fundo. Essa bola que precisamos melhorar para achá-lo (Fabinho) melhor. Não só ele como qualquer outro jogador. Mesmo assim, cabeceou uma ou duas bolas e não cabeceou uma outra, porque não acreditou para ir no primeiro pau. Se acredita teria feito o gol, porque como os caras (defensores do Concórdia) são muito altos. Os meus centroavantes (Itinga e Juliano Levak) ainda infelizmente não conseguiram se achar emocionalmente para jogar por serem garotos. É uma cobrança muito forte, que precisamos ter cuidado para não perdê-los. Hoje foi nítida a pressão em cima do Levak, mas acho que não tem necessidade. São meninos que estão se dedicando pelo nosso clube e que precisam de apoio. Então a posição do Fabinho foi essa”.

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