© Henrique Porto (Agência Avante!)
O técnico Bernardinho já antecipava nas entrevistas que a Seleção Brasileira estava em formação e que os jogos contra uma completa Itália, na estreia da Liga Mundial, seriam complicados. Infelizmente ele estava certo.
No primeiro encontro entre as duas seleções mais vitoriosas da história do torneio, os italianos levaram a melhor, vencendo por 3 sets a 1, parciais de 25/19, 27/25, 22/25 e 25/21, em 2h01. O resultado frustrou as quase 8 mil pessoas que compareceram à Arena Jaraguá na chuvosa tarde de ontem (23).
Logo no início da partida o torcedor teve a sensação de que a tarde não acabaria em festa. Sonolenta, a Seleção Brasileira não começou bem e viu os italianos abrirem cinco pontos de vantagem com facilidade, apoiados nas grandes atuações de Ivan Zaytsev (italiano de origem russa) e Jiri Kovar (checo naturalizado), que juntos marcaram 37 pontos em toda a partida. Pelo lado brasileiro, destacaram-se Leandro Vissotto, com 16 pontos, seguido de Lucarelli e Lucão que pontuaram doze vezes cada.
“Fizemos um primeiro set muito ruim. Teve a ansiedade da estreia. Mas estamos aquém do que podemos render”, reconheceu o levantador Bruninho. “Eles foram melhores no saque e nós erramos demais. Temos que trabalhar. Eles já estão classificados para a fase final (país sede) e vêm soltando o braço de qualquer jeito. Mas não adianta chorar. Temos jogo amanhã e muito trabalho para chegar na fase final”, analisou.
“Nosso time está muito abaixo ainda, cometendo muitos erros de saque e, por outro lado, eles sacaram bem e colocaram o nosso time em dificuldade. Tivemos chances, no segundo set, de igualar o jogo, mas sabíamos que seria assim. Jogamos três sets iguais, menos o primeiro”, lamentou Bernardinho. “Temos muita coisa para melhorar, vamos trabalhar e certamente faremos uma partida melhor amanhã”, prometeu o comandante brasileiro.
“A nossa maior motivação é vestir a camisa da seleção brasileira, que é uma das mais respeitadas do mundo. Muitos gostariam de estar no lugar de qualquer um de nós que está dentro de quadra e, por isso, ficamos tão chateados com a derrota”, analisou meio Lucão. “Foi muito legal ver o ginásio lotado nessa primeira vez que a seleção masculina está jogando aqui. Infelizmente, não veio a vitória. A Itália conseguiu neutralizar muito bem o nosso ataque. Agora temos que descansar e esfriar a cabeça porque amanhã cedo já estamos em quadra de novo”, concluiu.
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Italianos creditam a vitória ao saque
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Como não poderia ser diferente, os italianos comemoraram muito o triunfo sobre o Brasil. Para o capitão Emanuele Birarelli, o saque foi o diferencial que levou sua equipe à vitória. “É muito difícil vencer o Brasil aqui”, reconheceu. “Estou muito orgulhoso do nível de jogo que mostramos hoje”, acrescentou Birarelli. Já o técnico Mauro Berruto (foto) reconheceu que as equipes não estão no melhor de suas formas físicas e técnicas, mas estava feliz com a vitória. “Estou feliz com a maneira que jogamos no primeiro e no segundo sets. Foi uma vitória importante para nós”, analisou.
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Equipes se reencontram hoje
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O final da partida ainda reservou uma discussão acalorada entre Bernardinho e o treinador adversário, Mauro Berruto. Um elemento a mais na grande rivalidade entre as equipes, as maiores vencedoras da história da Liga Mundial, que voltam a se enfrentar hoje, às 10h10, novamente na Arena Jaraguá. A TV Globo e a Rádio Jaraguá transmitem o jogo ao vivo.
O Brasil não conquista a Liga Mundial desde 2010, o maior jejum de títulos da Seleção na “era Bernardinho”. Desde que o treinador reassumiu o comando, em 2000, o voleibol nacional nunca ficou quatro anos sem conquistar títulos no torneio como acontece na atualidade. A última medalha de ouro brasileira foi em 2010, quando venceu a Sérvia, em Córdoba, na Argentina.
