© Iriane Porto (Agência Avante!)
O ano de 2014 foi diferente para o atletismo de Jaraguá do Sul. Após dominar os Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC) por alguns anos em determinadas provas do gênero feminino, optou-se por apostar e abrir espaços para algumas promessas, que vão se consolidando no cenário da modalidade.
“Importante lembrarmos as meninas que disputaram os JASC por Itajaí, até mesmo para salientar a importância do Guilherme [Pinheiro Gil], da Bruna [Rigo], do Dudu [Eduardo Peters] e do Roger [Wanderwegen]”, reconheceu o técnico Adriano Moras, que teve que encarar de frente algumas críticas por ter liberado Miriely dos Santos e Ana Paula Romero. No início do ano já havia perdido Simone Ferraz. “Os nomes das meninas já eram ‘batidos’ e assim tivemos a oportunidade de mostrar novos atletas, que estão ascendendo”, acrescentou.
Moras está confiante na nova safra de atletas, que está começando a dar os primeiros passos nas pistas. “Tem os ‘Mirins’ que a gente geralmente não lembra, mas a Nicoli [Ribeiro] logo vai aparecer e despontar na Olesc. Temos um trabalho de formação, onde sempre temos atletas novos para apresentar”, disse.
E para a continuidade deste processo de formação, a pista sintética passa a ser um ponto chave, uma vez que hoje os atletas treinam de forma improvisada, no que restou da pista de carvão do Clube Atlético Baependi. “Espero que, com a pista sintética que vamos receber da FME no próximo ano, a gente consiga formar mais atletas, sem esquecer do grupo atual com quem temos que continuar trabalhando, para que deem suporte aos novos e para que os novatos tenham inspiração neles”, lembrou Moras.
Na sua análise, existe uma demanda reprimida pela prática da modalidade, mas atender a todo esse público também exigem um maior investimento em técnicos. “No primeiro momento nós temos que popularizar o atletismo. Existe uma demanda reprimida pela falta de estrutura ideal para a prática”, afirmou. “Mas vamos receber a pista e precisamos adaptar à nossa realidade, com pessoas que absorvam essa demanda. Iremos necessitar mais professores, para atender mais praticantes e quem sabe daqui alguns anos a gente possa despontar não só individualmente, mas que a equipe tenha posições melhores nas classificações”, concluiu Moras, esperançoso em uma nova realidade para a modalidade no município muito em breve.
Entre os resultados mais expressivos do ano nas pistas, Moras destaca o sétimo lugar de Miriely na prova de 100 metros com barreiras do Troféu Brasil adulto (maior evento da modalidade no país), competição que ainda contou com as participações da velocista Ana Romero e do fundista Israel Mecabô (foto, #2465), que foi prata nos JASC, na prova de 3.000 metros com obstáculos, assim como Guilherme Gil, no salto com vara. Gil conquistou também dois ouros nos Joguinhos (no decatlo e no salto com vara), assim como Roger Wanderwegen (nos 400 e 800 metros rasos).
