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Futebol: Conheça Tathyane Leitholdt, uma ‘Edmundense Futebol Clube’

© Iriane Porto (Agência Avante!)

© Iriane Porto (Agência Avante!)

Quem de nós não cultuou algum ídolo na infância ou na adolescência? Um astro da televisão, uma figura carismática da música ou um craque do esporte? No caso de Tathyane Leitholdt, hoje com 32 anos, sua ‘paixão’ começou aos doze. Seu ídolo? Edmundo Alves de Souza Neto, então atleta do Palmeiras.

“Tudo começou por eu desde sempre amar futebol, ser palmeirense e admirá-lo muito”, reconheceu a fã, que ainda hoje guarda recordações da época. Recordações essas que o marido, Alexandro, teve que aprender a conviver desde os 16 anos. “Ele morria de ciúmes. Pedia para tirar as fotos do Edmundo do quarto. Mas aprendeu a se controlar e não se importa mais”, confessou Tathyane.

Sua admiração por Edmundo era tanta, que ela venceu um concurso estadual de redação sobre o craque, promovido pelo Jornal de Santa Catarina. “Quando ganhei aquele concurso, foi muito gratificante. Fui reconhecida por expor em um texto o que eu sentia por alguém, que era tão importante para mim”, relembrou.

Nem mesmo a fama de ‘bad boy’ diminuiu seu respeito pelo ‘Animal’. “Sempre fui muito defensora dele. Nas pisadas de bola, onde todos criticavam, lá estava eu como advogada de defesa”, brincou. “Na verdade, era um tempero a mais. Gosto de pessoas assim, que resolvem na hora. Acho que muitos torcedores gostavam disso também, da devoção que ele tinha pela camisa que vestia”, acrescentou.

Tathyane lembra do acidente automobilístico sofrido pelo atleta e do quanto isso a marcou. “Passei o dia chorando e rezando. Parecia que tinha acontecido com alguém da minha família, sabe. Lembro ate hoje da sensação e foi uma coisa horrível”, descreveu.

Para ela, o acidente ajudou a acalmar um pouco a ‘fera’. “Ele aprendeu muito com os erros. Hoje está mais centrado”, analisou. “Ele evoluiu muito como pessoa e profissional. Acho ele um ótimo comentarista. Como pai ele também demonstra, no que consigo acompanhar, estar mais presente”, ponderou.

Mas, como todo ‘bad boy’, Edmundo também decepcionou sua grande fã em determinados momentos da carreira. “Sofri quando ele saiu do Palmeiras e também quando foi jogar no Corinthians. Como palmeirense, assistia aos jogos torcendo para que o Corinthians perdesse, mas que o Edmundo fizesse um gol. O pessoal costumava dizer que eu não era palmeirense, mas sim ‘Edmundense’”, recordou aos risos.

Por fim, a fã lembra o quanto foi difícil ter o ‘Animal’ como ídolo em sua infância e adolescência. “Muita gente me criticava, porque não concordava com as atitudes dele, diziam que ele não poderia servir como um ídolo para mim. Mas nunca dei bola e até tive discussões por isso. Esse sentimento de fã sempre foi muito verdadeiro, até porque quando gostamos de alguém, admiramos as qualidades e os defeitos. Todos temos dois lados”, descreveu.

“Ele como jogador sempre foi único. O melhor. Definitivamente, foi um gênio em campo”, concluiu Tathyane, que já está com seu ingresso comprado para o ‘Jogo das Estrelas SC’ e aguarda uma possibilidade de se encontrar com o eterno ídolo pela primeira vez. E para isso, vale de tudo, até mesmo se candidatar a trabalhar como gandula.

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