
Um desfecho triste, mas que não apaga os feitos da equipe. É dessa forma que o técnico do Jaraguá Futsal, Sergio Lacerda, avalia a temporada 2015 do clube. Apesar de não conseguir o heptacampeonato dos Jogos Abertos de Santa Catarina, a última competição disputada no ano, o treinador destacou os resultados obtidos pelo elenco, principalmente por ter alcançado quatro finais dos seis campeonatos em que disputou, saindo com o título em duas delas: Campeonato Catarinense e Taça Brasil. Em entrevista ao site Avante Esportes, na tarde desta quarta-feira (16), Lacerda comentou sobre a trajetória do aurinegro durante o ano, futuro pessoal, a liberação dos atletas por falta de recursos financeiros, entre outros assuntos. Confira:
Avante!: Como você avalia a temporada do Jaraguá Futsal?
Sergio Lacerda: Os números mostram que foi muito bom. Ficamos felizes pelo trabalho que realizamos em conjunto, desde a diretoria até os jogadores. O nosso grupo foi para o Jasc e apesar de todo desgaste físico e mental vimos a equipe em todos os jogos com uma intensidade impressionante. Conseguimos dar essa cara ao grupo e o resultado final foi esse, chegando forte em todas as competições. Ficamos muito satisfeitos com essa produção e conseguimos cumprir com as nossas obrigações.
Maiores alegrias e maiores tristezas?
Eu acredito que foram muitas alegrias. A nível de Jaraguá só temos que lembrar coisas boas. Estou há 40 anos no esporte e todo mundo sabe que jogar aqui é diferente. Tive a felicidade de fazer parte disso. Não costumo dizer o lado triste, mas o ruim foi essa incerteza em relação ao final do ano por tudo que fizemos na temporada. Vemos o esforço da diretoria e esse sentimento de incerteza é muito ruim, mas queremos crer que coisas melhores virão.
Qual o maior diferencial para a equipe ter conquistado títulos em 2015?
Nossa equipe ano passado tinha uma plástica de jogo mais encantadora que esse ano, mas tirando a Liga Nacional que avançamos uma fase a mais em 2014, o time de 2015 foi mais eficiente. Fico feliz com as duas equipes, tivemos bons grupos e os resultados coletivos e individuais foram muito bons.
Como foi a conversa da diretoria com o grupo para anunciar a falta de patrocínios em 2016?
O Gerson (presidente) é uma pessoa da comunidade e estava envolvido com o processo de agregar recursos. Chegamos na segunda-feira do Jasc e a diretoria nos colocou que a situação ainda não era definida, que não tinha um valor certo de patrocínio. Eles tentaram todas as formas para conseguir recursos e manter os atletas, mas declararam que não dava para continuar nessa situação e deu a liberdade para qualquer um seguir o seu rumo. Foi uma coisa que não esperávamos e não queríamos escutar, porque muitos atletas e a comissão técnica gostariam de ficar no clube. Então é triste por não esperar isso e ter que se desfazer de uma coisa tão boa em nosso dia a dia, mas é vida que segue.
Qual o futuro do Sergio Lacerda?
Pelo fato da boa performance nos últimos dois anos sempre tive o interesse de ficar. Hoje a saída daqui tem que ser para uma coisa muito melhor e que me atraia. Há mais de 40 dias atrás houveram equipes que me procuraram, mas sabendo da minha prioridade em permanecer no Jaraguá. Hoje o cenário mudou, não sabemos do futuro do Jaraguá. Primeiro vou resolver minhas situações em Jaraguá, com família e tudo mais, e depois vou pensar sobre o futuro.
Qual recado você pode deixar para o torcedor aurinegro?
O que posso dizer não é agradecimento e sim de cumplicidade em tudo. Tentamos dar o máximo ao Jaraguá, vivenciei o clube e a cidade desde que cheguei na metade de 2012. Então a mensagem é de reconhecimento por ter tido a oportunidade de desfrutar de um templo que é a Arena, de uma cidade que nos acolheu e vive futsal. Falar de Jaraguá e mandar um recado é tão bom e ao mesmo tempo tão triste. O Lacerda não vai estar aqui como treinador, mas quem chegar vai pegar um futsal, principalmente de quem está comandando, um trabalho sério e que tem a cara da comunidade de Jaraguá do Sul.
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Jogadores acertados com outros clubes
Goleiros: Jean Reis – Umuarama (PR) e Baranha – Atlântico/Erechim (RS)
Pivô: Diego – Sorocaba (SP)
Ala: Henrique – Atlântico/Erechim (RS)
Jogadores com propostas, mas sem definição
Goleiro: Jaime
Fixos: Vitor Hugo, Rafinha, Galo e Giancarlos
Alas: Dian, Assis, Caio, Augusto e Yuri
Pivôs: Keko, Poletto, Geovani
