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Futebol: Juventus entra com recurso na FCF e Série B do Estadual pode sofrer mudanças

Restando duas rodadas para o fim da Série B e com sete pontos de distância para o G2 – zona de acesso à elite do futebol catarinense -, o Juventus não possui mais chances matemáticas de estar na Série A do ano que vem. Porém, a diretoria do clube entrou com um recurso na Federação Catarinense de Futebol (FCF), alegando possíveis irregularidades do Almirante Barroso – atual segundo colocado -, que podem mudar a situação na tabela e até eliminar a equipe de Itajaí da competição.

Entenda o caso

Tudo começou com uma suspeita do Sport Club Jaraguá quanto ao registro de alguns atletas do Barroso, que até o dia 15 de setembro figuravam no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF como atletas do Sport Club Litoral. Após muitas pesquisas, foi descoberto uma caixa de pandora com inúmeras infrações. Em 2014, o Navegantes disputando o Catarinense Júnior foi punido com um WO e por ter sido recorrente em três vezes dessa prática, o Tribunal determinou a eliminação do clube no campeonato. Seguindo o regulamento, os clubes que recaíssem nessa pena e estivessem na Série C, que era o caso do Navegantes, ficavam proibidos de disputar qualquer competição em um período de dois anos, somado a perda da profissionalização e todos os contratos de trabalho em vigor, sem poder registrar novos atletas durante três anos.

Mesmo com a punição efetivada, o Navegantes voltou ao Estadual de 2015 – quando em tese deveria estar suspenso -, fazendo uma parceria com o Sport Club Litoral, e jogou sob alcunha de NEC/Litoral, com sede em Penha, alterando cores, uniformes e todas as características do clube. Na ocasião, foi vice-campeão da Série C e por desistências do Juventus de Seara e Atlético de Ibirama, a equipe ascendeu a Série B deste ano. Antes do início da competição, surgiu a fusão do Litoral com o Barroso, que em tese só utilizaria a sede do time de Itajaí. Porém, de acordo com os advogados, a parceria foi além e foram utilizados todos os elementos característicos do Barroso (estádio, torcida, uniforme, cores, etc), além da alteração do nome fantasia de Sport Club Litoral para Clube Náutico Almirante Barroso se deu após 20 dias da expedição do regulamento especifico da competição, violando o Estatuto do Torcedor.

Logo, o Navegantes violou a RDP (Resoluções da Presidência) da CBF, na qual determina que qualquer alteração de nome, sede e município só deve ocorrer com aval da entidade, sem a oficialização da tabela e regulamento da competição, como foi o caso. Com isso, a alteração do nome de fantasia foi feita de forma irregular, conforme relatado por Tobar. Mais do que isso, da mesma forma que o Navegantes foi punido, em 2014, por ser eliminado das categorias de base que afeta o profissional, o Barroso não possui nenhuma categoria de base participando do Estadual este ano e quem está disputando é o NEC/Litoral, em Penha. “No fim das contas todos estas punições vão atingir o mesmo objetivo que é a eliminação, perda de todos os pontos disputados e ganhos, punições financeiras aos dirigentes e corrigir um erro histórico, porque uma vez que o Barroso seja eliminado vai se corrigir o fato de que ele desobedeceu os princípios de acesso e descenso, escritos e preservados no Estatuto do Torcedor”, disse o advogado Felipe Tobar. As 24 páginas de infrações e mais de 20 documentos já foram protocolados junto ao Tribunal, e agora o Juventus espera o posicionamento do Procurador Geral para ver se acata ou não a noticia de infração, e oferece denuncia contra o NEC ou Barroso. Se for levado para julgamento, o caso tem um prazo máximo de 60 dias para ser resolvido.

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