Um comunicado divulgado na noite de segunda-feira (8) abalou todos os fãs do futebol americano no Brasil.
Por conta da pandemia do novo coronavírus, a Comissão de Prevenção de Lesões e Saúde dos Atletas da Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA) sugeriu a suspensão de todos os campeonatos em 2020, o que foi apoiado pelas principais entidades que regem o esporte no país.
A modalidade está completamente paralisada há três meses e a nova medida não se limita apenas a torneios estaduais e nacionais, mas também para amistosos e treinos em grupo.
Com a saúde posta em primeiro lugar, as entidades não vão determinar a volta das atividades enquanto os órgãos de saúde não assegurarem o mesmo.
Ou seja, com a suspensão por tempo indeterminado e com o calendário entrando no segundo semestre, dificilmente os grandes eventos de futebol americano acontecerão no Brasil na atual temporada.
Com isso, fomos atrás dos representantes dos dois clubes da região do Vale do Itapocu para avaliar a decisão e relatar os próximos passos que serão tomados pela equipe.
Jaraguá Breakers
Integrante da BFA (Brasil Futebol Americano), a divisão de elite do país, o Jaraguá Breakers manterá as orientações de treinos individuais aos atletas, o que já vinha sendo aplicado desde o início da pandemia.
“Ficar sem jogar nesse momento não pesa tanto, porque (o coronavírus) é algo maior que a gente. É complicado para conseguir patrocínio, gerar conteúdo e influenciar pessoas com a filosofia do esporte. Mas precisávamos dessa decisão para saber o que vamos fazer a partir de agora”, destacou o presidente e atleta Everton Gnewuch.
Apesar da lamentação em não poder jogar ou simplesmente treinar com o restante do elenco, o mandatário se mostrou a favor da decisão imposta pelas entidades nacionais.
“É uma decisão sóbria, porque o vírus é maior que nosso desejo. Jogamos em outras cidades, estados, e está todo mundo tentando se reinventar nesse momento”, finalizou.
Corupá Buffalos
Pelos lados de Corupá, a opinião é a mesma. Segundo o presidente do Buffalos, Jeferson Maciel Breganholi, a suspensão é sensata por tudo que o país vem vivendo com a doença.
“É uma decisão difícil de se tomar, mas em relação ao momento que estamos vivenciando acredito que tenha sido a mais sensata. Embora meu lado pessoal gostaria de ver jogos, campeonatos e todo o clima que cerca as competições, como gestores não podemos negligenciar os riscos envolvidos com isso”, disse.
Passando por um período de reestruturação desde o ano passado, a Manada paralisou todas as atividades, mantendo apenas a atuação da diretoria nos bastidores.
“Estávamos no estágio inicial de reestruturação da equipe sem se ter uma noção real dos reflexos que iriam acontecer a médio e longo prazo. Agora aguardamos um posicionamento favorável das autoridades para que façamos o retorno gradativo dos treinamentos”, afirmou.
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