Fazer história em clube tradicional de futebol não é tarefa para qualquer um. Ser respeitado por duas equipes muito conhecidas em seus Estados, é ainda mais difícil.
Mas esse feito foi alcançado por um jaraguaense, que ajudou a escrever a história do Grêmio Esportivo Juventus e Colorado, clube paranaense em que recebeu homenagens na última semana.
Hoje, aos 62 anos, José Moacir Garcia, mais conhecido como Moa, carrega capítulos eternos e muito valorizados de uma linda história nos gramados, principalmente ao fazer parte dos tempos áureos do Colorado.
Fundado em 1971, o time de Curitiba marcou época no Paraná ao bater de frente com os grandes Coritiba e Athletico-PR, antes de se fundir ao Pinheiros em 1989 e virar o Paraná Clube, que hoje disputa a Série B do Brasileiro.
No Colorado, o então meia-direita Moa precisou resistir ao interesse do Coxa, que insistia na sua contratação, para se profissionalizar no ‘Boca’, onde teve destaque na base.
Com passe refinado e uma batida na bola diferenciada, subiu rapidamente ao elenco principal e virou um dos grandes nomes da equipe paranaense, a ponto de receber recentemente um troféu pelos serviços prestados ao clube entre 1972 e 1976.
Mas a trajetória não parou por aí. Em 1976, o recém-promovido à primeira divisão do Catarinense, Juventus, foi até Curitiba para trazer o atacante Vargas, do Colorado.
Porém, os dirigentes juventinos acabaram se encantando com o talento de Moa e fecharam sua transferência para o Norte de Santa Catarina.
Por aqui, vestiu a camisa tricolor na Série A até 1979, depois defendeu por um ano o Paysandu, de Brusque, até tomar a decisão de pendurar as chuteiras, fixando residência em Jaraguá, onde até hoje é lembrado pela passagem marcante no Moleque Travesso.
“Não tem dinheiro que pague esse reconhecimento. Joguei há muito tempo no Colorado e até hoje sou lembrado, assim como no Juventus. Apesar de uma carreira curta, foram grandes momentos e guardo isso com muito carinho”, destaca o ex-jogador.
Auxílio na reestruturação do Juventus
A decisão de deixar o profissional foi motivada em uma época que o futebol pouco rendia financeiramente, bem diferente dos dias de hoje.
Mas após conciliar o trabalho com futebol amador e seleção do futsal jaraguaense por quase 10 anos, Moa voltou ao mundo da bola em 1990, muito por conta de sua relação com o Juventus.
Depois de uma década licenciado do futebol profissional, o Tricolor retornou em 90 para disputa da Série B do Catarinense. Com Moa e outros grandes nomes no elenco, como o atacante Toto, o Juve foi campeão do torneio e garantiu o acesso à divisão de elite.
“Infelizmente aconteceram muitas coisas ruins no Juventus, com pessoas que não souberam administrar o clube durante bom tempo. Mas eu pude contribuir com o clube em 1990 e hoje torço para que ele volte a ter um lugar de destaque no Estado”, declarou.
Com o objetivo alcançado de reerguer o Moleque Travesso, Moa voltou a anunciar a aposentadoria no ano seguinte, com o nome ainda mais evidenciado na história do clube jaraguaense.
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