A crise causada pela pandemia do novo coronavírus afetou diversas áreas do futebol, mas o cenário atual fez profissionais buscarem alternativas para se manter na ativa.
Não estamos falando apenas do profissional, mas também de onde tudo começa: a base.
Especificamente em Jaraguá do Sul, os projetos privados têm a esperança e trabalham para continuar revelando talentos na cidade, mesmo com o futuro indefinido sobre a volta integral das atividades.
Enquanto algumas escolinhas retomaram treinos com capacidade muito reduzida respeitando as normas de liberação do Governo de Santa Catarina, outras não se sentem seguras e ainda não tiveram retorno.
Neste panorama, fomos atrás das principais escolinhas jaraguaenses que relataram a atual situação vivida em tempos de pandemia.
Filipe Luís
Fundação: 2019
Local: Centro Esportivo Filipe Luís (Bairro São Luís)
Funcionários: 6
Alunos: Cerca de 500
Situação: Com atividades paralisadas e mensalidades suspensas, a Escolinha do Filipe Luís ainda não sabe o número de desistências. Nenhum funcionário foi desligado e não há risco do projeto ser encerrado. A tendência é que os trabalhos retornem primeiro com alunos acima de 12 anos.
Atlético Jaraguá
Fundação: 2007
Local: Campo do Acaraí (Jaraguá Esquerdo)
Funcionários: 3
Alunos: Cerca de 100
Situação: A Escolinha do Atlético Jaraguá ainda não retornou as atividades e suspendeu a cobrança de mensalidade. Portanto, não se sabe a quantidade de perca de alunos, mas haverá baixas. Com a crise, estão sendo avaliados possíveis cortes ou não de funcionários. O projeto não se findará, porém, o retorno tende a se prolongar por muito tempo.
Xoxo 10
Fundação: 2012
Locais: Campos do Nereu Ramos e Rau, CT Xoxo 10 Futsal (Jaraguá Esquerdo) e Cecar Guaramirim
Funcionários: 10
Alunos: Cerca de 550
Situação: A Escolinha Xoxo 10 retomou as atividades, com reajuste das turmas para 30% de sua capacidade e respeitando todas as normas de segurança. Dos 550 matriculados, 380 estão com matrícula ativa e o restante não voltou aos treinos. Sem risco de fechar, a escolinha não demitiu nenhum funcionário, mas reduziu a jornada de trabalho.
Gol de Placa
Fundação: 2018
Locais: Campos do JJ (São Luís), Recreativa da Menegotti (Água Verde) e polo em Corupá
Funcionários: 1
Alunos: Cerca de 120
Situação: O Centro de Formação Gol de Placa retornou às atividades com treinos individuais ou de, no máximo, quatro atletas, respeitando o decreto do Governo. Dos 120 matriculados, apenas 39 alunos voltaram às atividades e três dos quatro funcionários foram desligados. A escolinha corre o risco de ser fechada, caso a crise se estenda por um longo período.
O Pequeno e a Bola
Fundação: 1996
Locais: Campos da Vila Lalau e João Pessoa
Funcionários: 6
Alunos: Cerca de 120
Situação: A Escolinha O Pequeno e a Bola segue paralisada e tentará retorno no início de junho. Não está sendo cobrado mensalidade durante a parada, mas alguns alunos já anunciaram que não retornarão às atividades. Uma possível prolongação da crise pode acarretar no fechamento do projeto.
Bom de Bola
Fundação: 2016
Local: Campos do São João e Cruz de Malta
Funcionários: 6
Alunos: 80
Situação: A Escolinha Bom de Bola ainda não retornou às atividades e está em conversa com os pais para ver qual melhor forma para volta dos treinos. A mensalidade será recuperada às atividades, mas já foi registrado perda de alunos. Podem ocorrer dois desligamentos de funcionários e não há risco de fechar no momento, mas dependendo do avanço da pandemia, a situação pode mudar.
Meninos de Ouro
Fundação: 1995
Locais: Campos da Arsepum (Amizade) e Avaí (Guaramirim)
Funcionários: 2
Alunos: Cerca de 100
Situação: O Centro de Formação Meninos de Ouro está com atividades paralisadas, sem cobrança de mensalidade. A falta de receita resultou na dispensa de um colaborador e o número de perda de alunos só será contabilizado no retorno oficial aos treinos. Apesar da crise, não há risco de fechar portas.
URJ
Fundação: 2015
Local: Society Balsanelli (Amizade)
Funcionários: 1
Alunos: Cerca de 25
Situação: A Escolinha URJ não retornou às atividades e suspendeu o pagamento das mensalidades. Sem atendimento, o projeto ainda não sabe se sofrerá baixas de alunos. Com toda indefinição, é mais uma escolinha que corre o risco de ser fechadas.