O Sport Club Jaraguá está fora da Série C do Campeonato Catarinense. A retirada da competição, que inicia no dia 10 de setembro, chega após o clube viver semanas agitadas.
A começar pela saída da Metafoot. A empresa de Joinville, que comandava o futebol profissional e tentou trazer uma gestão inovadora de forma colaborativa, deixou o Leão principalmente pela falta de recursos que inviabilizaram o projeto.
Com isso, a gestora, que tinha um pré-contrato com o clube, optou por não assiná-lo efetivamente.
“Tentei auxiliar o Da Silva (presidente do clube) nesse processo, mas não tive sucesso. Eu vivo do futebol e não tenho outra forma de vida. O clube não tinha nada pra impossibilitar e a saída foi pela inviabilidade mesmo. A gente tinha uma ideia, mas acabou não surtindo efeito”, disse Tiago Borges, agora ex-executivo de futebol e um dos idealizadores do Metafoot.
Com o comando do futebol de volta às mãos da instituição, o clube se viu em outro problema. Segundo o presidente Valdemir Da Silva, havia um acordo com o Juventus para mandar os jogos do Estadual no estádio João Marcatto, já que o Botafogo não atende as exigências da Federação Catarinense.
O aluguel seria pago em três parcelas de R$ 7 mil, porém, a diretoria do Moleque Travesso pediu R$ 21 mil à vista. Sem o acordo de valores, o Sport Club Jaraguá não teve a liberação da estrutura concedida pelo Juve e optou pela desistência da competição.
“Essas loucuras de assumir participação em campeonato sem ter recurso não queremos fazer mais. A empresa do Tiago (Metafoot) se esforçou, mas não deu certo e desistiram. Tentamos fechar mais parcerias, mas também não conseguimos. Então é melhor nem disputar a Série C paras não fazer mais dívidas”, afirmou Da Silva.
Além disso, o mandatário revelou uma dívida de R$ 18 mil do clube com a FCF, referentes a multas do ano passado. De acordo com ele, metade já foi quitada na semana passada e o restante será pago parceladamente.
Sem o time adulto, o Leão pretende continuar trabalhando com a base, jogar campeonatos amadores na região e promover eventos para angariar recursos. Agora tudo feito com as próprias pernas.
