Não é só o futsal e o futebol de Jaraguá do Sul que sofrem com a falta de patrocínios neste início de temporada. Uma das equipes que vem ganhando mais torcedores a cada ano no município, o Jaraguá Breakers também passa por dificuldades na busca por novos apoiadores para se manter entre os principais nomes do futebol americano no país. Desde novembro do ano passado, a diretoria do clube mantém contato com diversas empresas da região, mas até o momento nenhuma delas deu um retorno positivo aos dirigentes.
“São mais de 30 empresas que já conversamos e apresentamos nosso material, mas nenhuma ainda nos deu resposta. Muitas de antemão alegam o cenário de crise no país, que já espanta um pouco a nossa esperança. Então o nosso cenário é de preocupação, porque ainda não fechamos nenhum patrocínio”, disse o diretor do Breakers, Felipe Tobar. Além disso, a falta de recursos financeiros emperram a renovação de contrato do ‘head coach’ Dennis Prants e atletas considerados fundamentais no elenco, que levaram o time ao título do Torneio Touchdown no ano de 2013 e carregam o sonho de chegar novamente ao topo da modalidade, em 2016.
Uma das esperanças da diretoria é na renovação dos vínculos com as empresas patrocinadoras do ano passado. Reuniões na semana que vem irão sacramentar a permanência ou não das mesmas para a atual temporada. São elas: Movtech, que foi a patrocinadora máster e auxiliou com uma entrada de capital para manter Prants e os americanos da equipe, Escola de Idiomas Fellows, Imobiliária Engetec, SNC Suplementos, Madalena, Barbi Academia, Jaraguá do Sul Park Shopping e FME.
De acordo com Tobar, os dirigentes trabalharam com um orçamento de R$ 7 mil por mês em 2014, e para montar um time que figure entre os finalistas é necessário cerca de R$ 15 a R$ 20 mil. “Podemos dizer que entramos nos playoffs do ano passado pela competência do Prants, porque tínhamos um elenco muito reduzido. O orçamento para montar uma equipe para brigar por título que é muito pouco com relação a outras modalidades. Nossas cotas de patrocínio partem de R$ 700 até R$ 4,5 mil. Fazemos isso para manter o esporte vivo e se não tiver apoio vai acabar ficando no limbo, justo no momento em que o futebol americano mais cresce no país”, destacou.
Apesar de viver um momento de indefinição, o diretor acredita na sequência do projeto em Jaraguá do Sul. “A nossa expectativa é que tenha equipe para 2016. Não paramos de batalhar, ligar para as empresas e marcar visitas. Os patrocinadores de 2014 ajudaram a manter o Breakers e fechamos o ano sem nenhuma divida. O custo é baixo para investir, o retorno é alto, e esperamos ter um time de qualidade para disputar o Touchdown”, finalizou.