O Juventus inicia sua caminhada na Série B do Campeonato Catarinense no próximo domingo (28), quando enfrenta o Internacional, em Lages, e tem fora de campo uma das suas principais esperanças para o retorno à elite.
Anunciado no início de abril para o lugar do português João Mota, o técnico Márcio Nunes, de 42 anos, conta com trabalhos de sucesso no currículo, principalmente no Rio Grande do Sul, onde conquistou acessos como jogador e treinador.
No ano passado, por exemplo, o gaúcho de Cachoeira do Sul conduziu o Aimoré até a divisão principal, aumentando sua idolatria no clube, em que já havia subido também como zagueiro.
Ele agora chega ao Moleque Travesso com o objetivo de repetir os feitos conquistados no Estado vizinho, neste que é seu primeiro trabalho como técnico em Santa Catarina, onde atuou apenas como jogador no Marcílio Dias e Juventus de Seara.
“Quando cheguei aqui vi um clube com potencial muito grande e uma cidade muito boa, acolhedora. O Juventus é um gigante que está adormecido e temos o objetivo de fazer o time voltar a Série A, que é o seu lugar”, disse.
E o comandante destacou as principais ‘fórmulas’ para completar o desafio. Segundo ele, não basta ter apenas um time qualificado, mas essencialmente um elenco competitivo.
“O Juventus na segunda divisão não pode em momento algum perder a ambição de querer a vitória. O adversário pode nos vencer, mas ele vai ter que jogar muito mais e querer muito mais. Muitas vezes, tecnicamente, não vamos conseguir fazer um grande jogo, mas o competir e buscar a vitória a todo momento não pode nos faltar. Isso é fundamental pro tipo de competição que vamos enfrentar”, afirmou.
Para formar esse grupo brigador e com ‘fome’ de vitórias, Márcio Nunes teve um mês de preparação e três jogos-treinos, os quais venceu o Sport Club Jaraguá e empatou com o Sub-20 do JEC e reservas do Figueirense.
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Para o treinador, o tempo de atividade não foi o ideal, até mesmo pelo fato de alguns reforços chegarem em meio a pré-temporada. Porém, afirma que isso não servirá de desculpa para a equipe, que vai evoluir ao longo das rodadas.
“O problema já temos que é o Juventus estar na segunda divisão, então precisamos pensar na solução. Temos que dar nosso melhor dia a dia para conseguir dar uma cara ideal dentro daquilo que eu penso. Vamos evoluir semana a semana, jogo a jogo. O bom é que a competição é apenas final de semana, sem sequência pesada de quarta e domingo”, ressaltou.
Perfil sanguíneo e estilo de jogo
Márcio Nunes é visto como um treinador que tem capacidade diferenciada de gerir os atletas por quem o rodeia. Basicamente, uma imposição com ideias e atitudes no campo, uma característica muito presente da época de jogador que levou à beira do campo: o perfil “sanguíneo”.
O gaúcho mostrou-se como técnico de intensidade lembrando muito aquele zagueiro com carreira marcada pela garra e determinação dentro das quatro linhas.
“O perfil que tive como atleta e capitão pela maioria das equipes que passei no Brasil vai também como treinador. Meus times competem, brigam pra vencer durante os 90 minutos e jogo junto com a equipe na beira do campo”, relatou.
Sobre o time em campo, Nunes revelou seu esquema e ideias de jogo preferidos, mas ressaltando que alternâncias devem acontecer dependendo do adversário e das condições dos gramados pela competição.
“Sou adepto de uma plataforma tática de um 4-2-3-1, mas já usei três volantes e vamos ver o que teremos de característica. Vamos pegar campo pesado, embarrado em outros lugares, então vamos ter que se adaptar a isso e aos adversários. Não fico refém a um esquema, mas sim a um time competitivo, sanguíneo e que quer vencer o tempo todo como a competição exige. Isso é da minha essência, mas também com ideias, que gosta de ter a bola e jogar”, finalizou.
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