O grande desejo de todo menino que sonha seguir carreira de jogador de futebol é ir para Europa. E uma jovem promessa de Schroeder está contando os dias para dar o primeiro passo nessa ambição.
Aos 18 anos, Marco Antônio Tomaselli embarca neste domingo (23) para Itália, onde vai encarar uma experiência inicial de três meses no país.
A viagem que era para ter acontecido em fevereiro, mas precisou ser adiada por conta da pandemia do novo coronavírus, é aguardada pelo atleta desde 2018, quando fez um intercâmbio de uma semana em terras italianas.
Por lá, pôde vivenciar em quatro clubes uma metodologia bem diferente do habitual, com muitos trabalhos de repetição em cima das carências e deficiências técnicas e táticas de cada jogador.
O sistema impressionou o schroedense, que encontrou dificuldades para se adaptar ao modelo desconhecido, mas acabou chamando atenção pelo talento.
Foram dois anos de espera, até que a nova oportunidade apareceu. Mais maduro dentro e fora de campo, Marco foi selecionado para passar um período maior no país europeu, agora de 90 dias, no clube A.S.D Rotonda Calcio, da cidade de Potenza.
Caso agrade nas avaliações, o vínculo de teste pode se transformar em um contrato profissional, com duração de até três anos com a equipe, que é conhecida por revelar bons talentos e disputa as Séries D e C do Campeonato Italiano.
“Meu primeiro objetivo é se firmar em algum clube, porque quero o futebol como minha profissão e evoluir sempre como jogador. Estou muito feliz por ter essa oportunidade, é uma conquista. Me dedico muito e vou colher tudo que a gente plantou”, destaca.
História no futebol e adaptação ao novo país
A bola sempre foi o brinquedo favorito de Marco, que pegou gosto pelo futebol ainda muito pequeno por influência do irmão, seu companheiro de brincadeiras, e do pai, apaixonado pelo esporte.
Aos 8 anos, entrou na primeira escolinha, e, entre futsal e futebol, passou pelo Atlético Jaraguá, Jangada, base do futsal jaraguaense e Gol de Letra, de Schroeder, até chegar ao Bom de Bola, de Jaraguá do Sul, em 2016.
Lapidado pelo professor Paulo Peters, ganhou destaque entre as categorias Sub-14 e Sub-18, a ponto de ser levado para o intercâmbio em 2018 na Itália e agora recebendo uma nova oportunidade no país.
O interesse foi despertado não só pelo talento, mas também por suas características físicas e a facilidade por jogar em posições diferentes como lateral, zagueiro e volante, visto como fundamental para ter sucesso na Europa.
“Talvez tenha um pouco de dificuldade no início pela língua e por morar em outro país, mas não é algo que me preocupa tanto. Acredito que possa me adaptar rápido até pelo estilo de jogo na Itália que é muito físico”, declara.
Para ajudar ainda mais nessa adaptação, o schroedense dividirá apartamento e terá acompanhamento constante de Renê Soares Ortega, jogador profissional de 32 anos, que vive há mais de uma década na Itália.
Chegando no país, ele cumprirá o protocolo de quarentena para depois iniciar os treinos e buscar afirmação no Rotonda Calcio.
Orgulho aos pais e professor
A distância será grande e a saudade maior ainda, mas ao ver Marco seguindo seu sonho com muita determinação, os pais do menino se enchem de orgulho.
Fãs número 1 do jogador, a mãe Marilei Lenzi Tomasellli, de 47 anos, e o pai César Luis Tomaselli, 50, sempre deram apoio irrestrito ao filho quando o assunto se volta aos desejos do filho, sobretudo, no futebol.
Parceiros em treinos, jogos e viagens, os familiares foram os primeiros a incentivá-lo a buscar o sucesso na Itália. Também pudera. Tudo aquilo que, durante anos, foi sonhado, aos poucos, com muita dedicação e determinação, começa a ser colhido.
“Damos muito apoio e incentivo a ele. Isso é importante para que ele evolua e busque seus sonhos. Muitos pais acabam desmotivando os filhos com algumas atitudes e nós não queremos isso. Buscamos sempre dar apoio e conselhos no que ele precisa. Ele já é um menino bem maduro, responsável e vai crescer ainda mais”, comenta a mãe Marilei.
Quem também se orgulha do garoto é o professor Paulo Peters. Principal responsável por lapidar o jogador nos últimos quatro anos, o treinador da Escolinha Bom de Bola vê no aluno características que podem fazer a diferença em sua trajetória nos gramados.
“Os clubes estão carentes de atletas perfeccionistas, que tem vontade, serenidade e que não desanima. O Marco é um menino que tem isso dentro dele. A ida para Itália vai fazer com que ele evolua ainda mais, com um retorno voltado para o profissional. Então é muito gratificante ver um aluno dando esse passo importante no seu sonho”, afirma.
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